Ceclin
maio 10, 2009 1 Comentário


Vitória: expansão do PIB e do ISS

Economia do município quase dobrou entre 2002 e 2006. Secretário atribui resultado às obras de duplicação. Caruaru também comemora

Em Vitória de Santo Antão a prefeitura hoje comemora as oportunidades criadas. O secretário de Planejamento, José Barbosa Filho, alega que o desempenho nominal do PIB até 2006 – último dado disponível – hoje é cerca de 80% superior ao de 2002, em valores nominais. “Não houve outro fator de peso para esse resultado a não ser a BR”, diz o secretário. Pelos dados da gestão, em 2002 eram arrecadados em Imposto Sobre Serviços (ISS) R$ 1.936.115,97. Já em 2008 foram R$ 2.566.975,53.

Apesar dos números claramente positivos, o fato de não haver uma pesquisa sobre a BR-232 e seu impacto econômico depois de anos de uso da estrada impede que os analistas direcionem para a rodovia um percentual definido de peso na influência do crescimento registrado no Agreste. “A BR-232 contribuiu para o acesso a locais como Caruaru. Mas acho que já havia um dinamismo econômico que foi fortalecido”, reforça o coordenador de Contas Municipais do Condepe/Fidem, Wilson Grimaldi.

Nos dados da entidade, alguns municípios da região terminam por elevar seu peso no PIB do Estado. Na rota da BR-232 quem conseguiu marcar mais presença entre 2002 e 2006 foi Caruaru, saindo de 2,83% para 3,17%, e Vitória de Santo Antão (de 1,10% para 1,21%). Pombos e São Caetano mantiveram os percentuais, com 0,14% e 0,17%, respectivamente. E só Bezerros caiu um pouco (0,44% para 0,39%), embora tenha crescido nominalmente. “Ainda é positivo porque quer dizer que praticamente todos não perderam participação já que o Estado cresceu”, completa o coordenador.
O então secretário de Planejamento do Estado em 2000, José Arlindo Soares, lembra que uma análise feita antes de se investir em estradas era a demanda da região. “Havia claramente uma saturação na BR-232. Hoje, foi possível melhorar até a parte educacional por conta da facilidade de deslocamento”, diz Soares.

Um dos sócios da Ceplan, Valdeci Monteiro, analisa que o turismo está entre os setores que mais se destacaram. “Pode-se dizer que a BR-232 foi o início da descentralização do desenvolvimento do Estado com uma melhor integração.
A própria presença de visitantes eleva a demanda por serviços”, lembra. Entre as grandes empresas que correram para se instalar no traçado da BR a partir da duplicação estão gigantes como a Votorantim e a Coca-Cola com centrais de distribuição.
(Jornal do Commercio).
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