Ceclin
dez 29, 2008 2 Comentários


Vitória das Contradições!

Já está a disposição dos vitorienses, informações sobre a evolução ou involução dos dados financeiros de nosso Município. De um lado o IBGE, que traz a participação de nossa cidade no PIB – Produto Interno Bruto Brasileiro. As informações baixadas em relatório estatístico, mostra a participação de nossa cidade entre os anos de 2003 e 2006, porém, quem acompanha como eu os inúmeros números de nossa cidade, aí vai uma canja de nossa situação entre os maiores produtores de riqueza de nosso País, dos atuais 5.564 municípios:

Milhões (R$) (PIB PIB/PERC(Estado)) (PIB PIB/PERC(País))
2002 391.306 11º 26º 458º 3.241º
2003 450.598 11º 23º 460º 3.315º
2004 547.472 10º 17º 437º 3.145º
2005 615.926 9º 17º 423º 3.106º
2006 669.788 9º 18º 425º 3.140º

Estes números, servem para mostrar o tamanho do potencial que tem nossa cidade. É interesante que os novos administradores se aprofundem cada vez mais no conhecimento destes dados, para buscar soluções através de políticas públicas locais, que melhorem mais ainda esta nossa posição, principalmente na classificação nacional, onde mesmo estando razoavelmente bem posicionado, a disparidade entre PIB (produção de riqueza) X PIB/PERCAPTA (divisão desta riqueza entre os habitantes) é muito grande, basta olhar as classificações nos cinco anos em pauta, que muito pouco evoluíram.

Em posse destes dados, ainda dá para enxergar também a dura realidade da super concentração de riquezas, visto o nível de miserabilidade de nossa população que das atuais 34 mil famílias, mais de 16 mil são assistidas pelo Programa Bolsa Família.

Também já está disponível desde o dia 24.11.2008, no D.O.E. – Diário Oficial do Estado, os novos índices de participação dos municípios pernambucanos, na repartição do bolo da arrecadação do ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias. Dos valores arrecadados, o Estado fica com 75%, e os 25% restantes são distribuídos de acordo com o potencial econômico do município e a competência dos administradores municipais, em fiscalizar o recolhimento de impostos pelos Industriais e Comerciantes locais.


Nossa situação mostra a terrível ineficiência daqueles que passaram pela administração local nos últimos oito anos, basta observar o quadro abaixo:

2004 1,0029 A apuração destes índices funcionam da seguinte forma:
2005 0,9802 O índice de 2004, foi apurado pela arrecadação de 2002, onde representa a
2006 0,9762 eficiência fiscal do município em parceria com o próprio Estado, na
2007 0,9629 busca de seu quinhão tributário.
2008 0,9465 O Estado e a União estão cada vez mais fazendo a parte deles, e nós não.
2009 0,9383

Só até o final deste ano, a perca de arrecadação em relação ao índice de 2004 é de aproximadamente 6%, fisicamente, algo em torno de R$ 700 mil reais. Para o próximo ano, com o índice já definido, esta perda deverá chegar a cifra de Um milhão de reais, e uma possível recuperação só a partir de 2011, quando começam a ser apurados os efeitos da nova administração que toma posse no próximo dia 1º de janeiro.

por Elias Martins,
Colunista do Blog.