Senado aprova meia-entrada para estudantes e idosos com cota de 40% dos ingressos

Inácio Arruda disse que a cota é uma restrição à conquista histórica das entidades estudantis que é a meia-entrada. E informou que apresentará recurso para que o projeto, votado em decisão terminativa na CE, seja submetido à apreciação do Plenário, onde pretende defender seu voto em separado.
Eduardo Azeredo disse que a importância econômica da atividade artística e cultural deve ser levada em conta na instituição da meia-entrada e da cota de 40%. Por sua vez, Flávio Arns argumentou que o assunto foi debatido no Senado nos últimos quatro anos. Ele lembrou que foram feitas várias audiências públicas no Senado e criado um grupo de trabalho com a participação de estudantes, artistas e produtores na elaboração do projeto.
O presidente da CE, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), disse que, em razão das carteiras falsificadas, facilitada pela Medida Provisória 2208/01, a meia-entrada ficou falsa: “Os produtores, para cobrir seus custos, aumentaram de tal maneira os preços dos ingressos que a meia-entrada vira uma entrada inteira”, declarou Cristovam.

A proposta da relatora também autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Nacional de Fiscalização, Controle e Regulamentaçãoda Meia-Entradae Identificação Estudantil. O senador Francisco Dorneles (PP-RJ) disse que normas como essa, que apenas autorizam o Executivo a criar o conselho, em vez de criá-lo no próprio texto da lei, podem ficar no papel por muito tempo.
A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, disse durante a reunião que os estudantes estão do mesmo lado dos artistas na questão da revogação da MP 2208/01. Lúcia Stumpf falou logo depois da exibição de um vídeo dos produtores culturais e artistas que contém críticas à atual situação, por ela possibilitar a meia-entrada falsa.
Geraldo Sobreira / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)