Em Recife, paratleta vitoriense participou da primeira luta feminina de Parajiu-jitsu
A primeira luta de Parajiu-jitsu feminina no Nordeste ocorreu no Ginásio Esportivo Geraldo Magalhães – Recife, no último dia 11 de dezembro, durante a 1ª edição do Open Garra Norte/Nordeste de Jiu-jitsu, fechando o calendário de competições do esporte em Pernambuco, contando com mais de 40 equipes e 600 atletas, o campeonato regional cumpriu sua missão de fortalecer a Arte Suave na região e dar mais visibilidade ao Jiu-jitsu feminino e ao Parajiu-jitsu.
Luana Karoline, de Vitória de Santo Antão, e a paraibana, Maria Heloísa, de Cabedelo, protagonizaram a primeira luta de parajiu-jitsu feminina no Nordeste. Na luta, a vencedora foi Maria Heloísa. Mas, na história, ambas venceram.
Jiu Jitsu pode ser uma grande ferramenta de transformação pois impacta diretamente pessoas com deficiência, despertando a vontade de praticar uma arte marcial e a partir daí enxergar novos horizontes e possibilidades.
Para a professora de Luana Karoline, Larissa Barros, o momento é muito especial. “Eu estou muito emocionada não só por este dia e pela luta, mas por acreditar cem por cento na inclusão. Incentivar lutas e espaços como esses do campeonato permitem que mais pessoas com deficiência despertem a vontade de treinar e acreditar que é possível ultrapassar limites”, declarou emocionada a professora.
A profissional conta que Luana viu seu primo começar a treinar, mas não sabia se seria aceita. Até que conquistou não só os tatames da Black Belt, academia de Jiu Jitsu da paratleta, mas do mundo. “A cadeira de rodas são as pernas de Luana e o céu é o limite para ela”, enfatizou a mãe, que fez questão de reforçar como a vida de todos da família mudou após a inserção da vitoriense no esporte. Além do Jiu Jitsu, Luana também é atleta da Seleção Brasileira de Bocha, sendo medalhista na Croácia. “Depois que comecei a treinar me senti incentivada e deixei de me sentir presa. Passei a viver e a enxergar novas possibilidades”, salientou Luana.