Ceclin
mar 13, 2023 0 Comentário


Promotoria de Justiça de Gravatá revitaliza orelhão, como forma de preservar a história

Na segunda-feira (13.03), a Promotoria de Justiça de Gravatá promoveu evento cultural de revitalização de um equipamento histórico material localizado na área frontal do prédio, na Rua Zuleide Galvão Lins, 100, bairro Santa Luzia. Um orelhão, sem funcionalidade, tornou-se um atrativo colorido não só para quem trabalha no local, mas também para quem mora ou apenas visita a cidade. A intervenção é resultado da parceria da Promotoria e com o artista plástico Mário de Santinha.

Com um olhar sensível e diferenciado, a equipe da Promotoria de Justiça de Gravatá decidiu reestruturar o orelhão, como forma de contribuir com a preservação da memória de um patrimônio utilizado por milhões de pessoas nos anos de 70, 80 e 90, como meio de comunicação de acesso público. Para tanto, contactaram o artista plástico Mário de Santinha que, prontamente, aceitou o convite e revitalizou o orelhão usando uma mistura de tinta e cola que irá possibilitar uma maior durabilidade à peça. Este é o segundo orelhão que o artista revitaliza em Gravatá.

“Trata-se de uma importante iniciativa, porque divulga a arte local, produzida pelo reconhecido artista Mário de Santinha, que, generosamente, se dispôs a produzi-la de forma gratuita; e também pela importância de se preservar o patrimônio público e histórico, sendo certo que o orelhão, tão utilizado pela população outrora, pelo desuso contemporâneo, passa a ser considerado como um objeto insigne da nossa história da comunicação”, destacou a Promotora de Justiça Katarina Gouveia.

História – A ideia do orelhão surgiu em princípios de 1970, quando a arquiteta Chu Ming chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira. Natural de Xangai, na China, Chu veio para o Brasil, com sua família, em 1951.  Popularizado como Orelhão, na verdade o equipamento público recebeu o nome técnico de Chu I – instalados em locais fechados – e Chu II – para áreas externas -, em homenagem à criadora.

Sobre o artista – Natural do Recife, Santinha iniciou o trabalho em arte moderna em 1971, como aluno de Francisco Brennand, por 23 anos. Depois trabalhou na cerâmica Vitória, como ceramista, e há oito anos passou a residir em Gravatá, onde mantém seu ateliê na Rua Vicente Soares da Silva, 130, Gravatá, bairro do Prado. Sua vida é dedicada a artes plásticas em barro (argila), telas (técnica em eucatex naval) e cerâmica.