Professores sem diploma crescem

O crescimento vai na contramão das políticas públicas adotadas nos últimos anos para melhorar a formação dos docentes no País. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, o Brasil deveria ter todos os seus professores de ensino fundamental e médio com curso superior – projeto de lei atualmente em tramitação no Congresso Nacional prorroga esse prazo por mais seis anos e estende a obrigatoriedade também para o ensino infantil. A Bahia é o Estado com o maior número dos sem diploma: eles eram 101 mil em 2009, dois terços do total.
Mas mesmo em São Paulo, ainda há 2.025 docentes sem diploma atuando no ensino médio – teoricamente, a etapa do ensino com mais conhecimentos específicos, como matemática e física, que mais exige uma formação superior.
Para o governo federal, o principal motivo de os índices de professores com formação superior não terem crescido, apesar dos investimentos públicos na formação, está no grande contingente sem diploma na educação infantil, etapa do ensino cuja oferta teve maior aumento no País nos últimos oito anos. “Devemos fechar este ano com 20% de aumento na oferta de educação infantil”, afirma Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do MEC.
(Folha de Pernambuco).