Polícia Civil busca desvendar trama contra prefeita de Glória do Goitá

A gestora aguarda por proteção pública. Foto: Arquivo/Blog
A Polícia Civil está investigando supostas ameaças de morte contra a prefeita de Glória do Goitá Adriana Dornelas Câmara Paes (PR). As suspeitas foram levantadas após prints de conversas supostamente feitas no dia 28 de janeiro, e terem sido publicados em uma página no Facebook somente na última segunda-feira (25/02) e, assim, tornando-se públicas. Em uma das publicações, é demonstrado que um dos suspeitos envolvido informa que o crime deveria ser consumado ainda no começo deste ano.
Um adolescente, envolvido no grupo para cometer o homicídio, divulgou o print das conversas que ele teve com um dos líderes para contar detalhes de como seria praticado o homicídio. Além da prefeita, um policial militar também seria morto. A função desse adolescente seria acompanhar a rotina das vítimas, passando informações para o grupo, que praticaria o crime. Nos prints constam o nome do ex-presidente da Câmara de Glória Lívio Amorim, pelo qual aparece como o possível contratante do crime. Atualmente, Amorim exerce a Secretaria de Governo da Prefeitura da Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeita, Adriana Paes registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Vitória de Santo Antão. Um inquérito policial foi instaurado dando início às investigações que segue sob sigilo.
Adriana Paes relatou a imprensa sobre o andamento dessa investigação. Ela confirmou que como medidas reforçou a segurança na Prefeitura e na sua residência. “Tudo isso é fruto da inveja pelo poder, diante do trabalho que venho desenvolvendo em Glória do Goitá”, acredita.
Ainda de acordo com a gestora, ela aguarda por proteção pública. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos afirmou que até o momento não foi informada oficialmente sobre o caso e que só deve se manifestar “após apuração de informações mais detalhadas, salvaguardando o sigilo que o caso exigir”.
Investigação
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado para apurar a origem das mensagens de ameaça à prefeita. Confira a íntegra da nota:
“A Polícia Civil instaurou inquérito policial a fim de averiguar a origem e procedência das mensagens de ameaça à Chefe do Executivo municipal, da cidade de Glória do Goitá, Adriana Paes, onde já foram solicitadas diversas diligências, como a colheita das declarações de todos os envolvidos. O delegado responsável pelas investigações é o titular da cidade, Dr. Élson Godoi.”
Em nota, a Secretaria de Defesa Social informou que ao tomar conhecimento da denúncia, determinou a agilidade na investigação. A partir de inquérito instaurado pela Delegacia de Glória do Goitá vem adotando medidas no sentido de Prevenir e Reprimir qualquer tipo de violência, não apenas para o caso específico, mas para a cidade e a Zona da Mata.
Lívio Amorim
Em nota enviada a Imprensa, Lívio Amorim que teve seu nome arrolado nos prints publicados nas redes sociais como suposto mandante, esclareceu que “seguramente trata-se de Fake News que em tese atentariam contra a vida de um policial e ainda encomenda a morte da prefeita”.
Amorim disse que ao que se refere ao policial militar de nome André citado nas postagens, ele considera que os meliantes se incomodam com a atuação repressiva do PM contra o tráfico de drogas na cidade. Já com relação a Prefeita quanto a versão de “morte encomendada”, para ele não merece nenhuma credibilidade.
“Considerando que a mim não traria nenhum benefício sob qualquer aspecto especialmente a de sua sucessão. Além do que a minha trajetória política e pessoal passam longe de práticas criminosas, sou amante da lei. Minha luta é política, nela tenho divergências, não cultivo inimizades. Compareci espontaneamente a Delegacia e prestei todos os esclarecimentos, aguardando serenamente a conclusão do inquérito. Politicamente continuo a me opor, consciente de que, quem é oposição aqui em Glória do Goitá, sempre vira alvo”, descreveu em nota.
Lívio Amorim criticou também a ação da prefeita em estimular um espetáculo. ”Vai a SDS, chama a imprensa, se vitimiza, tenta criar uma comoção, alega que faz um grande governo, insinua que há sede de poder para dar crédito a sua versão. Lamentável e vergonhosa a postura dessa senhora, que faz um Governo medíocre, temerário e míope, com enorme necessidade de aparecer”, concluiu a nota.