Gestão Paulo Roberto falou, mas não mostrou como encontrou a Prefeitura de Vitória
Após primeiro mês, gestão Paulo Roberto faz diagnóstico controverso de como encontrou a Prefeitura de Vitória.
Por Lissandro Nascimento
Com o diagnóstico recheado de algumas cifras milionárias e sem contestar comprovadamente a estrutura financeira e estrutural de como encontrou a Prefeitura da Vitória de Santo Antão, o prefeito Paulo Roberto (MDB), apresentou a interpretação da sua equipe dos dados que levantou nesses trinta primeiros dias no governo municipal.
Prejudicado por não ter tido por parte do governo anterior uma transição, Paulo Roberto assumiu praticamente às escuras, apenas contando com as informações externas que conseguira levantar antes de assumir. Ele fez uma live de três horas utilizando as redes sociais da Prefeitura na noite da segunda-feira (01.02), lembrando que a gestão anterior tentou sabotar o seu governo, bem como, segundo ele, houve uma operação desmonte em todas as secretarias da administração vitoriense no período de transição. O prefeito showman, que é ávido a fazer lives quase que diariamente, comprovou em sua apresentação pela internet que o palanque político-eleitoral ainda não foi desmontado na cidade.
Paulo Roberto em cada dado financeiro apresentado fazia menção de que o governo do ex-prefeito Aglailson Júnior (PSB) faltou assumir compromissos com o povo, criticando sua ausência e ‘esquecimento’ no gerenciamento eficaz dos recursos públicos. Ele declarou que a Guarda Municipal, AGTRAN, AMAVISA e o Conselho Tutelar estão todos esses órgãos sucateados. Afirmou também que encontrou livros armazenados ao relento, além de uma frota de veículos na garagem municipal totalmente sucateada, assim como obras inacabadas. Tudo isso, porém, sem apresentar documentos públicos e dossiês oficialmente auditados, mostrando apenas poucas fotos que à luz real nada comprovam legitimamente.
Para o prefeito, a situação do VitóriaPrev (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais), fundo em que os servidores garantem a aposentadoria, é “uma bomba relógio”, descreveu. Segundo Paulo Roberto, no Instituto o déficit é de R$ 68 milhões, frisando ainda que as informações relativas ao Fundo foram ocultadas no Portal da Transparência pela gestão de Aglailson Júnior. Neste mês de janeiro, a atual gestão precisou fazer um aporte extra de R$ 3, 7 milhões para poder pagar aos aposentados do Município. Contudo, os números ditos estão controversos, pois o próprio prefeito colocou nessa cifra débitos com o INSS, o que não ficou devidamente esclarecido o que é de fato débito do VitóriaPrev e o que é a real pendência com o INSS.
Outro fato controverso foi quando disse que os HD’s da maioria dos computadores foram retirados ou tiveram seus dados apagados. Alguns não foram encontrados, assim como lâmpadas e cortinas. Neste caso, o mais sensato para o governo que assume a Prefeitura seria tornar isso um caso de investigação policial. Não basta apenas falar, mostrar… tem que denunciar aos órgãos competentes para que os diretores responsáveis dessas repartições públicas sejam investigados, julgados e condenados por essa prática ilícita e imoral. Tem que descobrir quem apagou, usurpou e vilipendiou a coisa pública e botar na cadeia! O gestor público do século 21 não pode simplesmente achar que isso deve adotar a premissa do “deixa pra lá!”.
“Dinheiro destinado para a construção de quatro creches foi devolvido a União, pois não houve a competência da gestão anterior em iniciar as obras. A estrada de Natuba não saiu porque o contrato foi cancelado pela empresa ganhadora da licitação, pela falta de compromisso por parte da gestão em fazer a obra”, informou o prefeito Paulo Roberto, esquecendo de dizer que é uma obra do Governo de Pernambuco.
Rebatendo o que Aglailson Júnior disse que havia deixado dinheiro suficiente em caixa para tocar a administração, Paulo Roberto pontuou: “Dinheiro tinha na gestão dele, mas não foi usado com eficiência. O prefeito anterior deixou pra gente R$ 2,4 milhões de restos à pagar. Os R$ 7,2 milhões que encontramos nas contas da prefeitura são de verbas carimbadas, obrigatórias para serem gerenciadas nos fundos constitucionais”, esclareceu.
Aglailson Júnior
O ex-prefeito de Vitória de Santo Antão, Aglailson Júnior (PSB), havia lembrado no último dia quando encerrou seu governo, que a antiga gestão do ex-prefeito Elias Lira penalizou sua administração deixando inúmeros débitos para pagar. Ele citou que Lira colocou mais de 70 mil usuários devedores e executou na Justiça, caindo a cobrança no seu governo.
Júnior falou também que as compras de veículos, reformas de postos de saúde e escolas e a pavimentação de vias que realizou são benefícios que serão gerenciados pelo governo de Paulo Roberto. “Estamos entregando uma prefeitura saneada. Ele pode começar a trabalhar no outro dia. Ele assume no dia primeiro, no outro dia ele pode começar a trabalhar. Diferente de mim, que passei quase dois anos só pagando conta, só pagando débito”, salientou Júnior, naquele momento, inclusive cabendo aqui registrar, que ele exibiu em sua página social extratos bancários das contas da Prefeitura.
Ele disse que vai cobrar as promessas de campanha realizadas por Paulo Roberto e fará no momento oportuno uma prestação de contas de tudo que realizou no comando da Prefeitura de Vitória. “O tempo é o senhor da razão e o povo vai ter saudade de Aglailson. Logo nesses primeiros meses, o povo vai ver que fiz uma grande gestão”, previu.
Portanto, cabe perguntar:
a Prefeitura de Vitória está com muitos débitos e ou não?
quem tem a razão nessa questão da situação da Prefeitura – Paulo Roberto e ou Aglailson Júnior – ?
Cada leitor que tire suas conclusões!