Operação descobre grupo suspeito de fraude em concurso para Polícia Penal do DF, inclusive em PE
Agentes cumpriram 34 mandados de busca e apreensão no DF, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Foram apreendidos celulares, documentos e outras provas.
Em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (09.03), uma operação que mira um grupo suspeito de fraude em um concurso público da Polícia Penal de Brasília.
Segundo as investigações, alguns candidatos teriam burlado a isonomia do concurso e se beneficiado indevidamente para a aprovação no certame. As informações foram repassadas à Polícia pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape). Os agentes cumpriram 34 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia.
Foram apreendidos documentos, celulares, quatro pontos eletrônicos, entre outras provas. O objetivo é que o material apreendido contribua com as investigações. Não foi detalhada a forma como ocorreram as fraudes. Se as denúncias forem comprovadas, os envolvidos devem responder por fraude a certame de interesse público, organização criminosa e falsificação de documento público. As penas, somadas, podem chegar a 15 anos de prisão em caso de condenação. Em Pernambuco, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão.
Confira onde foram cumpridos os mandados:
Recife e Região Metropolitana, Caruaru, Vitória de Santo Antão e Toritama (PE): 29 mandados;
João Pessoa, Campina Grande e Patos (PB): 3 mandados;
Jacobina (BA): 1 mandado;
Brasília (DF): 1 mandado.
Batizada de Operação “Reação em Cadeia” é presidida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal – DRACO, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado – DECOR/PCDF, contando com o apoio operacional da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL e do Comando de Operações e Recursos Especiais – CORE/PCPE.
O Delegado Jorge Teixeira, da Polícia Civil do Distrito Federal, afirmou que os suspeitos tinham notas semelhantes na seleção. Além disso, alguns deles são parentes e foram aprovados no certame. Ele também contou que foi feita interceptação de ligações telefônicas dos investigados, que podem perder as vagas para as quais foram aprovados na Polícia Penal do DF.