Internet: a força do Brasil nos setores de entretenimento online

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Presente na sociedade há milênios, o entretenimento é muito mais que apenas uma forma de diversão. Ele representa qualquer manifestação de ação, evento ou atividade com a finalidade de despertar ou entreter o interesse das pessoas em momentos de lazer e recreação. Ou seja, é a presença de um público que valida e impulsiona as mais diversas formas de entretenimento.
Desde o lançamento da World Wide Web na década de 1990, o entretenimento ganhou novos ares no meio digital e passou a atrair um novo perfil de audiência. Mas foi somente a partir do século XXI, através dos avanços tecnológicos, que o setor passou a ganhar destaque em grandes mercados.
O Brasil, por ter uma população de proporções continentais e que é apaixonada por tecnologia e diversão, desde sempre assumiu o protagonismo do entretenimento online na América Latina.
Tanto é que nos três principais pilares do entretenimento da internet, que são o audiovisual, os jogos eletrônicos e a música, os números não deixam mentir: na era da web 3.0, o País é uma potência global no cenário digital de consumo.
Audiovisual
Principal referência de telenovelas do mundo, o Brasil respira a cena audiovisual há décadas. Sendo que a chegada das plataformas digitais só veio a confirmar como os brasileiros se identificam com esse segmento, desta vez no campo online.
De acordo com o relatório de adoção de streaming global realizado pela plataforma Finder, consultoria australiana que avalia os 18 maiores mercados de streaming a nível internacional, o Brasil é a segunda nação que mais consome o audiovisual na internet.
A pesquisa, divulgada em agosto deste ano, concluiu que 65% dos brasileiros adultos assinam ao menos um serviço de streaming — 9% acima da média global, que é de 56%.
A Netflix, uma das pioneiras do audiovisual digital a entregar um serviço de alto padrão, nada de braçada no número de assinantes em solo brasileiro, com 52,69% da fatia de mercado. Aparecem na sequência: Amazon Prime Vídeo (16,87%), Disney+ (12,09%) e Globoplay (9,96%).
Como a pesquisa foi promovida em agosto, é importante destacar que a plataforma de streaming da HBO Max (recém-lançada no mercado brasileiro) não entrou na pesquisa da Finder.
Jogos eletrônicos
O mercado de jogos está cada vez maior em todos os cantos mundo, independentemente dos grupos demográficos e das faixas etárias. Para se ter uma ideia do tamanho da força que o cenário gamer representa atualmente, estima-se que há 2,7 bilhões de jogadores espalhados pelo globo.
O Brasil, principal potência latino-americana, conta com 77 milhões de jogadores — é o que aponta a Newzoo, fonte mais confiável do mundo para análises de jogos eletrônicos e pesquisas de mercado. E o melhor: até o fim deste ano, a expectativa é que o País atinja uma receita de US$ 2,3 bilhões no setor de games.
Como o celular móvel se tornou a principal forma mais comum de navegar na internet do Brasil, o smartphone está em alta entre os jogadores brasileiros. Segundo a Pesquisa Game Brasil 2021, a plataforma móvel tem a preferência de 41,6% população gamer nacional, à frente de consoles (25,8%) e PC (18,3%).
Além disso, os cassinos online também têm ganhado espaço entre os jogadores brasileiros. Se no segmento de audiovisual a Netflix foi uma das primeiras empresas a oferecer um serviço de alta qualidade para os brasileiros, o site de jogos de cassino online Betway trouxe ao País um novo leque de possibilidades para entretenimento no setor de jogos, com salas ao vivo e dezenas de opções para explorar.
Música
Maior mercado de música gravada da América Latina, o Brasil também lidera o cenário latino-americano de streaming musical com aproximadamente 12 milhões de assinantes. Uma das razões que explicam o momento favorável do mercado é o alto volume do envio de músicas por meio das agregadoras e distribuidoras.
De acordo com a Associação Brasileira de Música Independente (ABMI), houve um aumento aproximadamente 30% em uploads nas plataformas de streaming em 2020, com muitos artistas independentes ingressando nos principais aplicativos do setor, como Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube Music, Amazon Music, entre outros.
No cenário global, a empresa que agrega o maior número de assinantes no streaming musical é a plataforma do Spotify, com 172 milhões de usuários premium. A expectativa do Spotify é que o serviço atinja a marca de 180 milhões de clientes pagos no último semestre deste ano.
Quem vem correndo por fora é o YouTube Music, que recentemente anunciou que chegou à marca de 50 milhões de clientes ativos. Com isso, a plataforma do Google se aproximou em número de assinantes da Apple Music (78 milhões) e da Amazon Music (63 milhões).