Governo do Estado realiza reintegração de posse em Vitória de Santo Antão

Estavam presentes também o Ministério Público e o Conselho Tutelar para garantir que a operação de retirada dos moradores transcorresse dentro dos parâmetros da lei.
Na Chegada dos policiais, os moradores fizeram barricadas ateando fogo em pneus velhos e também cavaram uma valeta com mais de 2 metros de largura na entrada do Loteamento.
Segundo nota da CEHAB, os imóveis foram construídos pelo programa estadual Minha Casa, em parceria com o Ministério da Integração Social e eram destinadas as famílias que ficaram desabrigadas devido às enchentes de 2005.
Em dezembro de 2008 as casas foram invadidas e a CEHAB mesmo de posse de uma liminar de reintegração e após meses de negociações junt
Hoje em função do descumprimento do acordo e da necessidade de atender a liminar em favor da Companhia, está sendo realizada a desocupação com a ajuda de uma equipe de eletricistas, marceneiros e quarenta caminhões com quatro ajudantes cada.
Para aqueles moradores que não tiverem para onde ir.
Durante a desocupação ficou visível o semblante de sofrimentos dos moradores, principalmente os que não têm lugar e nem casas de parentes para ficar.
Uma senhora idosa, Maria Anunciada, comentou que só ocupou a casa porque o ex-prefeito garantiu que ninguém tirava ela de lá.
Um militante fervoroso da gestão anterior disse: “Eu não esperava passar por uma humilhação dessas, ter que sair do local que eu pensava que ia poder ficar para sempre”, lamentando ter seguido a orientação do ex-prefeito.
Durante esse período de ocupação, casas foram alugadas e até vendidas para terceiros.
Várias pessoas mostraram recibos assinados por pessoas que se diziam donas do imóvel, as quais havia vendido a posse do imóvel por preços que iam de R$ 300 a R$ 500 Reais.
Segundo um Assessor da gestão atual, a Prefeitura se comprometeu em doar um terreno para a construção de unidades habitacionais em benefício dos moradores que foram retirados do Loteamento Conceição, mais conhecido por Iraque 2.
A CEHAB também se comprometeu a fazer um cadastro social das famílias e encontrar uma solução habitacional para todos.
Ao finalizar a desocupação, o local ficará aos cuidados de um serviço de vigilância 24 horas para evitar que novas invasões ocorram.
O projeto e construção dessas 458 casas custou aproximadamente R$ 10 milhões de Reais, com dinheiro do Governo do Estado e Governo Federal, não houve à época participação financeira do Município neste projeto.