Forças conservadoras ameaçam democracia na América Latina, aponta Sindsep

O golpe na Bolívia é o ápice de um processo que vem crescendo em toda a região
As forças antidemocráticas, ultraconservadoras e neofascistas estão investindo fortemente na América Latina, sob o comando do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está de olho nas riquezas naturais dos países da região. O golpe na Bolívia é o ápice de um processo
que vem crescendo em toda a região e se acentuou com a vitória, na Argentina, dos peronistas Alberto Fernandez e Cristina Kirchner, para Presidência da República, e com a liberdade do ex-presidente Lula, no dia 08 de novembro.
Além da Bolívia, no Brasil, a embaixada da Venezuela foi invadida, na última quarta-feira, alvo de ataque de milicianos, numa clara tentativa desmoralizar o governo do presidente Nicolás Maduro. O atentado foi incentivado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente Bolsonaro, que não tem nenhum apego à democracia e já deu várias declarações incitando a volta do regime militar.
Mas esse endurecimento na América Latina é fruto de uma elite tacanha, que não aceita a ascensão da classe mais empobrecida. Para ela, a lógica é quanto mais desigualdade melhor, para que se possa lucrar ainda mais com a exploração da classe trabalhadora. Todos os países
que tentaram implantar políticas sociais para atender a camada mais pobre da sociedade vêm sofrendo ações antidemocráticas. E o Brasil é exemplo disso, assim como Honduras e Paraguai, países que também sofreram recentes golpes, além da tensão instalada no Chile por
conta da reação popular diante da miserabilidade no país provocada pelas várias políticas neoliberais implantadas nas últimas décadas.
O Sindsep-PE repudia toda e qualquer ação que atente à democracia no Brasil, na América Latina e no mundo.
Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco – SINDSEP-PE.