Ceclin
jun 24, 2009 1 Comentário


Enem é debatido na Voz da Vitória

Antenado com as novas mudanças no sistema de ensino universitário devido às novas regras de acesso para os alunos inscritos nos vestibulares para as universidades públicas e percebendo a necessidade de expor as novas regras e orientar a população sobre o assunto, foi agendado um debate que foi apresentado nesta última sexta feira (19) no Programa A VOZ da VITÓRIA, apresentado por Lissandro Nascimento na Rádio Tabocas FM (98,5), em sua tradicional Mesa Redonda que contou com a participação do Professor Universitário Marcos Vinicius, da Assistente Social Ângela Fernada e de Adriano Campelo, aluno universitário das Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão (FAINTVISA).
Também participou por telefone a estudante Virginia Barros, que é a Presidente eleita da UEP – União dos Estudantes de Pernambuco Cândido Pinto que terá assento no Conselho Estadual de Políticas Públicas para a Juventude. Como Presidente eleita no 37° Congresso da UEP, a estudante da UFPE Virgínia Barros (Vic), está como integrante titular.

Dado início ao debate, o apresentador fez um breve relato sobre o Enem frisando que ele é referência do ensino médio brasileiro e funciona para avaliar a vida acadêmica dos secundaristas e também serve como parâmetro para a liberação de verbas Federais para as entidades de ensino que tenham melhor produtividade.
Hoje o Enem está servindo também como parâmetro somatório para quem está concorrendo a vagas nas universidades públicas, atualmente várias universidades federais já fizeram adesão ao novo formato do vestibular baseado nas notas do mesmo.

Mencionando esses fatos surgiu à pergunta ao professor Marcos:
Sendo professor e atuante nessa área como você tem visto essas mudanças na educação?

Segundo o professor Marcos Vinícius o Enem já era conhecido por todas as instituições, mas esse novo formato caiu como uma bomba na cabeça de todos, devido a essa antecipação houve uma imensa guinada no sistema, as faculdades estão usando o Enem de maneira diferente, a Universidade Federal de Pernambuco está usando as notas do Enem apenas na primeira fase, na segunda fase do vestibular o método tradicional; já a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) vai só utilizar as notas do Enem. Mas o grande ponto negativo foi à antecipação repentina do sistema que não deu tempo de ninguém se preparar, foi como se fosse uma decisão imposta que não houve tempo de alunos e professores analisarem ou debaterem o assunto.

De positivo o professor Marcos ressaltou que as provas do Enem têm quesitos de conhecimentos gerais forçando assim a volta da leitura, item que há um bom tempo estava se tornando escasso entre os alunos, forçando-os assim a procurar informações sobre histórias de todas as regiões do Brasil.

Opiniões também compartilhadas pelo estudante da FAINTVISA Adriano Campelo, que concordou com o novo método fazendo ressalva sobre a antecipação do uso do Enem para o ingresso nas universidades públicas que foi de uma forma tão repentina que em alguns casos se tornou excludente.

Por telefone Virginia Barros (Vic) se pronunciou a favor das provas do Enem, mas ressalta a importância de reformular o ensino médio no Brasil, pois as provas do Enem têm uma carga maior e exigirá mais preparação dos alunos, por isso essa necessidade urgente em melhorar o ensino médio.
Outra questão pontuada por ela foi o número de vagas nas universidades públicas que está muito aquém das necessidades brasileiras.

Em relação às cotas sociais houve um consenso com os debatedores achando um instrumento importante e reparador porque facilita o ingresso de aluno de baixa renda as universidades públicas apenas em alguns casos, gerando pequenos pontos de preconceito, citou Adriano Campelo.

Abrindo o segundo bloco do Programa, a Assistente Social Ângela Fernanda prestou importantes esclarecimentos sobre os meios de financiamentos com recursos públicos para alunos que querem ingressar em universidades particulares.
Segundo Ângela o aluno após se inscrever e prestar o Enem, ele deve ser oriundo de escolas públicas, ou no caso de escolas particulares, mas que tenham estudado com bolsa integral, comprovar renda familiar de no Máximo 1 1/2 salário mínimo para bolsa integral e no Máximo 3 salários para a bolsa de 50%.
Cumprindo essas exigências o aluno vai até a unidade de ensino escolhida com os números do Enem e após ser aprovado na entrevista final, deverá começar o curso escolhido sem problemas.

Quanto ao Programa de Financiamento Estudantil (Fies), foi destinado para o aluno que está matriculado regularmente na universidade e não está em condições de manter as mensalidades em dia.
A grande diferença entre Fies e Prouni é que o Fies é um financiamento que o aluno só começa a pagar depois de formado e o Prouni é uma bolsa oferecida pelo governo federal sem custos posteriores para o aluno. Vale ressaltar que em Vitória de Santo Antão a única faculdade que oferece o Prouni é a FACOL, que realiza o seu vestibular no dia 05 de julho.
Ângela ainda ressaltou que os alunos que cursam universidades particulares através do Prouni tem rendimentos até vinte por cento superiores aos outros alunos que custeiam as mensalidades.

Após o debate os participantes avaliaram que o novo sistema é interessante, porém, como todo programa sempre carece de aperfeiçoamentos para atender cada vez melhor aos alunos carentes.
Apresentação: Lissandro Nascimento.
Produção: Jáder Siqueira, Orlando Leite e Cláudio Gomes.
Equipe: Felipe França, Genilda Alves.