Ceclin
jul 13, 2020 0 Comentário


Em nova reforma, governo Bolsonaro quer enfraquecer movimento sindical, diz Sindsep

Dividir para enfraquecer. Quando se trata de movimento sindical, esse é o sonho antigo dos empresários. E como o governo Jair Bolsonaro só trabalha com o objetivo de beneficiar a classe empresarial, abandonando por completo a classe trabalhadora, a sua política é a de esfacelamento do movimento. Agora, o governo fala em realizar uma nova reforma trabalhista e sindical. A intenção é finalizar a reforma do ex-presidente Michel Temer, de 2017, e rever toda a CLT, desde os direitos trabalhistas até a relação sindical.

E um dos maiores objetivos desta reforma é justamente a criação de sindicatos por empresa, acabando com as representações por categoria profissional. Um modelo que pulveriza as entidades dos trabalhadores como o existente no Chile. “Com isso, os trabalhadores terão que negociar diretamente com os patrões que garantem seus empregos e pagam seus salários. Ou seja, a força de mobilização e negociação desses trabalhadores ficará próxima a zero”, destacou o secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.

Importante destacarmos que a unicidade sindical é um princípio constitucional que prevê uma única entidade tanto de trabalhadores como de empresas por base territorial.

A reforma também pretende reduzir o acesso dos trabalhadores à Justiça do Trabalho, que desempenha papel de intermediação nas negociações coletivas. Ou seja, deixá-los completamente a mercê dos patrões. “Os trabalhadores brasileiros precisam entender que só conseguirão evitar perdas de conquistas e garantir novos direitos por meio da união de todos. Iremos trabalhar junto ao Congresso Nacional para que esta reforma não passe”, conclui Felipe Pereira.

Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco – SINDSEP-PE.