Educação mais desastrosa em Vitória de Santo Antão
Por Elias Martins
Não é de hoje. Desde 1997 com a injeção de fortes recursos para Educação dos municípios através do FUNDEF, que se transformou em Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB em 2007, as gestões que se sucederam em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana, são extremamente vergonhosas para nossa população.
Exemplo prático:
Em 2009, ultimo PDDRex que se tem acesso, foram 22.324 alunos matriculados na Rede de Educação Fundamental de Ensino, para 126.399 habitantes. Em 2018, 16.945 alunos matriculados para 137.915 habitantes. 5.379 alunos à menos na rede em 9 anos, menos 24%, ao mesmo tempo em que o Município teve um crescimento populacional de 11.516 habitantes, crescimento de 9,11% nos mesmos 9 anos.
São 22 anos de fartos recursos para nossa Educação, no entanto é claro e evidente que os únicos mais beneficiados de tudo isso é a categoria de Professores. Explico:
Observem que a rede de alunos caiu 24% nos últimos 9 anos, aonde temos como resultado do ultimo Concurso 2014, 693 professores efetivos, e 502 já aposentados.
Estes números, somados aos pífios resultados do IDEB – Ìndice de Desenvolvimento da Educação Básica, mostram claramente a ineficiência das gestões que têm passado pelo nosso Município. Nota 3,8 diante de uma generosa meta de 4,4 após 7 avaliações bienais ao longo de 12 anos, entre 2005 e 2017. Observa-se claramente a ausência de uma rigorosa Ação de Continuidade nos cuidados com a Educação, diante das trocas de comando de Vitória.
Alcançamos um pique de R$ 297,26 por aluno / mês na rede de 16.915 alunos em 2018. Valores que enchem os olhos de qualquer dono de escola particular, pois estes são totalmente isentos de inadimplência. Em nossa cidade, são gastos a cada 3 anos, um orçamento municipal inteiro. Exemplo: 2016 – R$ 79.418.522,41 > 2017 – R$ 78.096.719,23 > 2018 – R$ 80.859.874,54 = R$ 238.375.116,18 (Receita Líquida 2018 – R$ 260.604.281,32).
Temos uma escola que há tempos é referência no conjunto de escolas públicas do Município – Major Manoel Fortunato (192 alunos) Especializada no Ensino Fundamental de 1ª a 5ª Séries – Nota 5,7 em 2017. Porque não estudá-la e multiplicar seus conceitos na busca da eficácia do ensino público?
Mas tudo isso que apresentei tem por objetivo fazer uma Pergunta e uma Crítica…
Pergunta:
O que houve com a Escola Municipal Mariana Amália, 2ª maior escola do Município em alunos matriculados (1.300 em 2017) especializada em Ensino Fudamental de 1ª a 5ª Séries – Nota 5,2 em 2015, que não participou da avaliação 2017??
Deve ser um fato tão vergonhoso que a atual administração de Vitória parece tentar abafar, mas meus olhos de falcão não deixam passar.
Crítica:
Em relação ao absurdo que está acontecendo na Escola Municipal Pedro Ribeiro, 6ª maior escola da Rede Municipal (805 alunos em 2018), sem aula por no mínimo 45 dias, diante de uma Reforma, apesar de necessária, mal Planejada, mal Executada, diante do maior espaço de tempo que se tem nas férias escolares de final de ano.
Esse tipo de serviço, especialmente em escolas, precede de Processo Licitatório ultra-tempestivo, condições especiais de execução, se necessário em três turnos.
É um verdadeiro prejuízo ao ano letivo dos estudantes da Escola Pedro Ribeiro sob esta situação vexatória.
Por sua vez isto não é prerrogativa apenas do Governo Aglailson Junior (PSB). O ex-gestor Elias Lira também se utilizou destas práticas deploráveis durante sua gestão entre 2009 e 2016.
Falta Planejamento e Compromisso com nossas crianças!
Simples Assim!
“Não são os filhos dos Protagonistas dessa vergonhosa passagem da história da Educação de nossa cidade”.
Por Elias Martins,
consultor em Gestão Pública e Colunista do Blog.
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