Ceclin
dez 29, 2020 0 Comentário


Crise da pandemia reduz déficit da balança comercial de PE

Operação no Porto de Suape. Terminal de containers em 2014 – Foto: José Paulo Lacerda /Divulgação

Na corrida para o encerramento de 2020, a balança comercial de Pernambuco vem apresentando uma estabilidade nas exportações e quedas abruptas nas importações. Isso quer dizer que o Estado vem conseguindo reduzir o déficit histórico de sua balança em 51,4% entre janeiro e novembro deste ano, na comparação com 2019. A retração na importação de combustível, óleos e automóveis foi um dos fatores para este novo cenário.

“Por conta da crise do coranavírus, esses produtos deixaram de ser demandados em larga escala pelo mercado interno pernambucano, sobretudo pelo o de automóveis, já que as montadoras deixaram de fabricar e, consequentemente, frearam suas vendas para o Brasil e para o nosso Estado”, analisou o gerente de Relações Industriais da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Maurício Laranjeira.

Quando os números das importações são analisados mês a mês, percebe-se que quase todos os meses foram de queda, o que gerou uma redução total próxima a 36% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as exportações oscilaram bastante, mas se mantiveram em alta e sinalizaram incremento de 5% no mesmo intervalo analisado.

Boa parte desses resultados se deve à relação comercial de Pernambuco com países como Cingapura, Argentina, Estados Unidos e China, que, mesmo diante de uma crise sanitária mundial, se manteve estreita e propícia ao negócio. “A Cingapura é um mercado novo, que acontece em razão da exportação de óleo combustível com baixo teor de enxofre. Então, tudo que é novo é importante porque tem a possibilidade de ampliar as vendas para outros produtos. Já os Estados Unidos, a Argentina e a China são parceiros clássicos, sendo os dois primeiros na exportação e importação e o terceiro na importação, ao qual dependemos em abastecimento de insumos – uma das tantas dificuldades durante o período de retomada”, justificou Laranjeira.

Construção Civil

O setor tem liderado a geração de empregos e já se tornou um dos principais responsáveis por impulsionar a economia do Brasil durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados detalham que, apenas em junho de 2020, a construção civil gerou mais de 17 mil novos postos de emprego no País. De acordo com a pesquisa Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice alcançado em setembro (50,1 pontos) foi o melhor já registrado desde abril de 2012. O crescimento na geração de empregos retrata o fortalecimento que vem sendo construído ao longo do ano e que representa oportunidades para o futuro pós-pandemia.

A decisão inicial de enquadrar a construção civil como serviço essencial durante a pandemia, garantiu a manutenção de milhares de empregos de baixa escolaridade, uma vez que 25% dessa mão de obra é absorvida pela construção civil.