Cooperativa defende Catende
Jornal do Commercio
Os executivos da Cooperativa Pindorama visitarão a Usina Catende na próxima segunda-feira. Eles vão ver as condições da empresa e avaliar se têm interesse em fazer um investimento, diz o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar de Pernambuco, Alexandre Andrade. O parque industrial da Usina Catende vai a leilão por R$ 100 milhões no próximo dia 30.
A Pindorama tem 1.146 cooperados e administra uma usina na cidade de Coruripe, em Alagoas, que mói mais de 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Estamos nos articulando para que o futuro comprador da Catende mantenha a empresa em funcionamento, explica Alexandre Andrade.
Uma parte dessa articulação consiste em enviar ao juiz da massa falida da empresa um pedido para que o futuro comprador deixe a usina em funcionamento por um período de 20 anos.
A outra parte é uma mobilização que a Associação está fazendo marcando audiências com representantes do governo do Estado para tentar fazer com que a empresa continue em funcionamento mesmo depois do leilão. Na próxima semana, vamos ter uma reunião com representantes do governo para tratar do assunto, comentou.
Segundo Andrade, tanto os fornecedores vinculados à associação como os produtores ligados ao sindicato da categoria têm créditos a receber no processo de falência da Catende. A Associação tem R$ 259 mil a receber e o Sindicato R$ 90 mil, acrescenta.
Na última safra, quando a Catende funcionou parcialmente, cerca de 800 fornecedores destinaram a sua produção à empresa. A Usina já chegou a ter 2,1 mil fornecedores e para o setor é importante que ela continue em funcionamento. Não gostaríamos que acontecesse com a Catende o que ocorreu com a Central Barreiros, que teve os seus equipamentos comprados num leilão para montar uma usina no Centro-Sul, lamentou Andrade. O processo de falência da Usina Catende se arrasta há 15 anos. O leilão é realizado para pagar aos credores da empresa.