Caixa segura dinheiro da Mata Sul
Publicado em 19.08.2010
Segundo o BNDES, ainda não houve desembolso da Caixa. No Estado, chegaram R$ 3 milhões via BB e R$ 350 mil (BNB) estão prometidos para hoje

O Banco do Brasil larga na frente como a instituição que mais intermediou contratos de empréstimo bem sucedidos. Somente em Pernambuco, o volume de liberações através do banco é mais de oito vezes maior que o previsto pelo Banco do Nordeste. O balanço do BNDES atesta também que a situação dos empresários alagoanos em termos de espera pelos recursos é bem pior que a dos pernambucanos.
Somente R$ 244,8 mil chegaram para empreendedores de Alagoas, um montante quase 14 vezes menor que o total de recursos liberados para Pernambuco (R$ 3,411 milhões). Através de nota oficial enviada pela sua assessoria de imprensa, o BNDES tenta mostrar um outro cenário. Argumenta que, nos últimos três anos, micros e pequenas empresas de Pernambuco e Alagoas absorveram, em média, R$ 65 milhões anuais junto à instituição para aquisição de máquinas e equipamentos ou capital de giro.
“Em apenas 28 dias de vigência, o Programa BNDES Emergencial de Reconstrução dos Estados de Alagoas e Pernambuco (BNDES PER Alagoas e Pernambuco) já tem em carteira, só para capital de giro, R$ 15,636 milhões em 366 operações”, acrescenta a nota. O grande problema é que, o que a situação instaurada nos municípios destruídos pelas águas exige de fato uma liberação mais ágil do dinheiro. O que não tem ocorrido nesse primeiro momento do programa.
Apesar de estarem na “carteira” mais de R$ 15 milhões, o total que está na conta do empresário e disponível para fazer reformas, comprar produtos e quitar dívidas com fornecedores é quatro vezes menor.
Além do montante milionário, o BNDES PER prevê condições especiais de pagamento para os financiamentos: dois anos de carência, de cinco (para quantias entre R$ 51 mil e R$ 1 milhão) a oito anos de prazo (para valores até R$ 50 mil) para quitar todo o empréstimo, e juros anuais de 5,5%, quatro vezes menores que os praticados normalmente no mercado. O valor médio das operações contratadas até agora é de R$ 42,7 mil.
(Jornal do Commercio).