Até 02 de abril teremos o desenho da disputa para a Câmara da Vitória de Santo Antão
A chapa proporcional articulada pelo pré-candidato a prefeito de Vitória, Edmo Neves, chega a uma centena de nomes que irão disputar uniformemente e reúne potencial competitividade
por Lissandro Nascimento
A chamada janela partidária provocou, até o momento, a mudança de partido de mais da metade dos vereadores da Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, o que deve se confirmar nos próximos dias com a listagem oficial dos partidos ativos no Município. Esta janela, instituída pela Emenda Constitucional nº 96/2016, promulgada em 18 de fevereiro, abriu um prazo de 30 dias para os detentores de mandatos eletivos mudarem de legenda sem risco de perder o mandato; e para aqueles sem mandato que querem conquistar o cargo de Prefeito e ou vereador deve definir sua sigla partidária até o próximo dia 02 de abril.
Muitos pré-candidatos a vereador já fazem o cálculo e estudam o melhor terreno partidário para preencher as 19 vagas para a Casa Diogo de Braga. Com o aumento de 11 para 19 vagas e o atrativo coeficiente eleitoral que se desenha para menor, em virtude da baixa inscrição biométrica do eleitorado vitoriense, soma-se a uma avaliação mais precisa de qual melhor caminho a se utilizar para ingressar no Legislativo.
Em Vitória de Santo Antão, na atual conjuntura partidária, cerca de 10 partidos estão orbitando nas hostes do atual governo municipal, enquanto na oposição os Queralvares contam com 03 legendas, os Queiroz também com 03, o empresário Zé Catinga e o Vereador Edmo Neves cada um com 02 legendas, e outros 13 partidos seguem indefinidos em seus palanques.
A família Lira convocou duas reuniões nos últimos 15 dias que foram um fiasco, pois estão tendo dificuldades de arrumar candidatos para sua proporcional, o que tem levado muita dor de cabeça para os vereadores aliados ao Prefeito Elias Lira (PSD), que se sentem ameaçados diante da dificuldade em assegurar uma grande bancada que poderá garantir a renovação de seus mandatos. Em conversas tidas com dirigentes partidários, a única sigla ao lado do prefeito que detém uma boa chapinha de pré-candidatos é o DEM, organizado pelo ex-vereador Mano Holanda.

Professor Edmo conta com o apoio de Armando e Côrte Real para disputar a Prefeitura de Vitória. Foto: Arquivo A Voz da Vitória
Por sua vez, na oposição, as chapinhas montadas pelo vice-prefeito Henrique Filho (PR) e a de Zé Catinga (PV) se mostram competitivas na proporcional, contudo, o que detém uma chapa sólida de pré-candidatos a vereador é o futuro palanque do pré-candidato a prefeito, o Professor Edmo Neves, que orbita no PMN e PTB.
Edmo Neves já é calejado em montar chapas com bons resultados eleitorais. Habilidoso na construção de chapas vitoriosas com candidatos a vereador, o atual vereador pelo PMN mais uma vez mostra-se disposto a repetir o êxito. Desde a década de 80, ele tem participado ativamente das articulações das disputas proporcionais em Vitória de Santo Antão. De todas as coligações que ajudou a montar, absolutamente todas, fizeram quociente eleitoral chegando a eleger até três parlamentares para a Câmara de Vitória.
Neste contexto, o atual desenho da proporcional de Edmo Neves chega a uma centena de nomes que irão disputar uniformemente sem nenhum detentor de mandato, tendo em vista que o vereador Edimar Gomes – Edinho, se desfiliou do PMN. Pelas projeções iniciais, este palanque deve eleger uns cinco ou mais vereadores. Neves conta ainda com o compromisso do Ministro Armando Monteiro à sua pré-candidatura a prefeito, o que implica precisar que outros partidos de sua base política podem integrar esta coligação e acompanhar o Professor, fortalecendo esta disputa para a Casa Diogo de Braga.